O novo serviço do Banco Central, chamado iniciador de transação de pagamento (Pisp), foi lançado em outubro de 2020. De acordo com o Banco Central, por meio do Pisp é possível fazer uma transação sem que a empresa envolvida na transação participe do fluxo financeiro. Ou seja, as empresas aprovadas pelo BC para operar com o Pisp não vão conseguir acessar os dados das transações financeiras, atuando apenas como intermediárias das movimentações. Basicamente o cliente solicita uma ordem de pagamento e o Pisp é responsável por executar a transação.   Se o WhatsApp conseguir aprovação do BC para operar com o Pisp, os usuários poderão usar o cartão cadastrado no aplicativo WhatsApp Pay para fazer pagamentos e transferências bancárias dentro do app. Além disso, usuários do WhatsApp Business e WhatsApp poderão receber ou enviar dinheiro em conversas no app, por meio do Facebook Pay, que também vai permitir, no futuro, transações via Facebook, Instagram e Messenger. O WhatsApp Pay negocia com BC para liberar o serviço de transferência entre pessoas físicas, mas a empresa também vai solicitar aprovação para liberar transações entre pessoas físicas e empresas. Até o momento, o serviço de pagamentos do WhatsApp é compatível com cartões de crédito ou débito emitidos pelo Nubank, Sicredi, Banco do Brasil e aceita as bandeiras Mastercard e Visa. Já a responsável pelo processamento das operações é a Cielo. 

WhatsApp Pay negocia com BC depois da suspensão do serviço

O WhatsApp Pay negocia com BC depois de ter o serviço suspenso no Brasil. A função de pagamentos do WhatsApp foi lançada no país no ano passado, mas pouco tempo depois o Banco Central anunciou a suspensão do WhatsApp Pay por tempo indeterminado. Em nota, a instituição afirmou que suspendeu as operações para avaliar se a plataforma de pagamentos está em conformidade com as regras previstas na Lei nº 12.865, de 2013. O Banco Central quer mensurar os riscos potenciais das transações, garantindo o funcionamento seguro e transparente do WhatsApp Pay. O BC deixou claro que permitir a continuidade das operações, sem uma avaliação, poderia “gerar danos irreparáveis ao  Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), notadamente no que se refere à competição, eficiência e privacidade de dados”. Em entrevista para a revista E-Commerce Brasil, o advogado Dane Avanzi, informou que o Banco Central agiu corretamente. O advogado chamou atenção para o aumento nos casos de ataques cibernéticos durante a pandemia. Alertando que lançar uma plataforma de pagamentos sem as devidas precauções “poderia expor usuários e bancos a riscos desnecessários”.  Também é importante ressaltar que uma das ressalvas do Banco Central é em relação à segurança e o uso de dados privados dos usuários. O BC quer saber como essas informações serão usadas pelo WhatsApp Pay e qual o nível de segurança da plataforma.  Segundo informações da Telesíntese, o BC e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) querem entender como a parceria entre o serviço de pagamentos do WhatsApp e a Cielo pode impactar a concorrência. Afinal, “a Cielo possui uma grande fatia do mercado de transações. Enquanto o WhatsApp e o Facebook possuem milhões de usuários no país, o que poderia causar um desnível na participação igualitária de outras empresas no setor”. Até o momento, o Banco Central ainda não sinalizou quando o serviço de pagamentos do WhatsApp será liberado.  Fonte: InfoMoney; G1; Poder 360; Telesíntese

WhatsApp Pay negocia com BC para voltar a funcionar no Brasil - 8