O quarto episódio da série, porém, mostra que tudo era preparação de terreno, com novidades intensas e bem confusas, mostrando que os próximos capítulos ainda têm muito o que revelar. Aviso: spoilers a seguir!

Quarto episódio da quarta temporada de Westworld: Generation Lost

Generation Lost colocou um foco maior na relação entre Maeve e Caleb, começando quase que imediatamente após o fim do episódio anterior, com Caleb infectado por parasitas e pensando em como fugir de Charlotte Hale – e nisso temos uma visão sobre o passado de ambos, em que é mostrado que para ele ter uma vida melhor, a personagem havia o abandonado há muito tempo. Esses flashbacks e interpretações de personagens em Westworld sempre são interessantes, mas também mostram certa fadiga em relação à série – o fato que eles sempre podem ser revisitados mais uma vez e mostrando que o que havia sido apresentado, na verdade, não era bem a realidade. Isso já foi usado extensivamente em outros anos do seriado, e fez com que pelo menos em Generation Lost a revelação não fosse tão forte – cá estou imaginando que, no restante da temporada, descobriremos algum ponto de vista que mudará a percepção da revelação. E é curioso como isso também explora um importante ponto: a parceria de Maeve e Caleb parecia fruto da necessidade de ambos, mas, com o passado revelado, agora assume tons muito mais claros sobre ser algo realmente feito para acelerar e mover o mundo de Westworld. Claro que todos os pares na série serem conectados podem incomodar alguns espectadores, mas pelo menos nessa situação parece só melhorar ambas as figuras – principalmente Caleb, que, com a atuação de Aaron Paul lhe dando a energia de um homem cansado, parece agora ter mais razões para ser desse jeito. Harmonia narrativa e de atuação é o nome. Ao mesmo tempo, Generation Lost também destrói a linearidade aparentemente presente nos capítulos anteriores através de uma revelação impactante: o foco narrativo de Bernard e Stubbs é 23 anos no futuro dos eventos acontecendo no parque dos anos dourados em que Maeve e Caleb estão – talvez o maior choque da temporada até então, principalmente considerando que, bem, não havia sinais disso em nenhum dos outros episódios. Isso é especialmente curioso já que é comum que Westworld tente chocar os espectadores, mas dessa vez eu não consegui somente ficar nesse estado, mas também satisfeito com o rumo da série. Ao passo que, nos episódios anteriores, acreditei e comentei que algo mais linear é bom e traz frescor para a produção, ao mesmo tempo ela é sinônimo de complexidade, então ver esse retorno de forma totalmente inesperada é fantástico. E com isso também Generation Lost continua entregando mais e mais detalhes sobre o plano de Charllote Halle, mostrando que o parque dos anos dourados pretende espalhar ainda mais as moscas que infeccionaram Caleb – e que ele tem resistência ao controle impostos por elas, mostrando que elas se comportam bem como qualquer vírus enfrentado pela humanidade, principalmente porque, segundo Halle, crianças são mais propicias a terem efeitos mais fortes. No fim, o quarto episódio da quarta temporada de Westworld continua a tendência desse ano da série em sair do comum do passado, avançando tramas em um ritmo alucinante, mas também começa a montar um castelo de cartas com conclusão não tão óbvia. Sabemos do plano de Halle, sabemos do seu impacto no futuro em que as cenas de Bernard se passam e também sabemos que a missão de Maeve e Caleb é um recorte do passado daquele mundo – o que não temos noção, porém, é como tudo isso mudará os próximos episódios, e qual será a conclusão dessa trama que, sinceramente, está cada vez mais intensa. Mas Westworld sempre foi isso – e talvez os três primeiros episódios, na verdade, tenham sido muito mais um momento em que eles, como dito acima, estavam preparando o terreno para as verdadeiras apostas da temporada. O quão efetivo e satisfatório essa decisão será, porém, só saberemos quando o último episódio for exibido. Até lá, estamos no tão confortável campo de especulações que a produção adora nos colocar desde a primeira temporada, e que é quase uma casa para os fãs. No fim, mais uma vez, fica a expectativa para os próximos episódios. Eles saem semanalmente aos domingos, às 22h, na HBO e HBO Max. Veja também Veja os lançamentos de julho do HBO Max! Fonte: HBO Max

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