O Showmetech teve acesso a uma cópia pessoal de Link’s Awakening para o Nintendo Switch e, após alguns dias de intensa jogatina, trazemos uma análise completa dessa aventura incrível em uma ilha mágica que esconde muitos mistérios em seus cantos mais obscuros e locais mais remotos. Embarque conosco nessa jornada e reviva esse clássico!

Sonífera ilha

Antes de começarmos a falar sobre o game propriamente dito é importante situar Link’s Awakening na confusa linha do tempo da série. O game se passa logo após os acontecimentos de A Link to the Past, outro grande sucesso da franquia no Super Nintendo. Nem tente conectar o jogo ao título mais recente, Breath of the Wild, pois essa aventura de Link se passa séculos (e talvez até milênios) antes desse game do Nintendo Switch. Após salvar a terra de Hyrule das garras de Ganon, restaurar a Triforce e salvar a Princesa Zelda, Link decide partir em um barco para explorar terras distantes. Curiosamente, apesar de estar no nome, Link’s Awakening é outro game da série que a famosa princesa Zelda não está presente na história. Os problemas de nosso herói começam quando ele é pego em meio a uma tempestade e naufraga em uma ilha misteriosa. Lá, ele conhece a simpática Marin e seu pai Tarin, que lhe resgataram da praia e guardaram seu escudo com muito carinho. Link logo descobre que a ilha Koholint está infestada de monstros e cheia de problemas e que, cabe a ele, o grande herói, salvar todos. Além disso, nosso valente guerreiro descobre que se ele quiser sair da ilha é necessário acordar o Wind Fish, uma criatura gigante que vive dentro de um ovo no topo da montanha mais alta da ilha. Para isso, Link precisa encontrar os sete instrumentos musicais escondidos em diferentes dungeons da ilha, guardadas por monstros terríveis que não irão facilitar a jornada de nosso herói. Link’s awakening segue a receita de tantos outros games da franquia, porém seu diferencial está em seus personagens carismáticos e principalmente nas referências a outras franquias da Nintendo. Não se surpreenda ao perceber uma certa semelhança entre alguns personagens da ilha Koholint com alguns habitantes do Reino do Cogumelo de Mario e seus amigos. Ora, até mesmo um Chomp-chomp e Goombas estão presentes nessa aventura! Além disso, não estranhe pelo arquivo de salvamento do game conter um contador de mortes de nosso personagem. Sendo fiel ao game original, caso o jogador complete o game sem morrer, ele poderá conferir um final secreto, que fecha a história com chave-de-ouro. E se você também estiver procurando por um desafio ainda maior, pode tentar o Modo Herói, em que os inimigos fazem o dobro de dano e ao derrotá-los corações de vida não caem no chão.

É preciso dizer, sem exageros, que Link’s Awakening é o game mais bonito da biblioteca do Nintendo Switch até o momento. A Greezo (mesma empresa responsável pelos remakes de Ocarina of Time e Majora’s Mask para o Nintendo 3DS) se superou ao criar um estilo único para essa aventura de Link, com visuais que deixam todo o ambiente parecendo um mundo de brinquedos. Esse visual é inédito na franquia, uma mistura perfeita de realismo com uma arte cartunesca que você quase pode tocar com as suas mãos. Além disso, a Nintendo teve cuidado para preservar todos os elementos positivos que fizeram de Link’s Awakening um game de sucesso na era dos primeiros consoles portáteis nessa nova versão da aventura. Todos os personagens e inimigos possuem novas animações e visuais repaginados. Desde as residências de Mabe Village, passando pelo Animal Village até mesmo nos desertos da ilha, tudo é uma versão em alta definição, em cores vivas e belíssima dos locais originais. Por outro lado, a Greezo também teve o cuidado de eliminar as limitações da era do GameBoy que prejudicavam um pouco a experiência do jogador com o game. Na versão original o jogador precisava remover sua espada ou escudo – que ficavam atribuídos a um dos botões principais do console portátil – para equipar outros itens. Agora, as armas principais de Link estão fixas em dois botões (assim como o Power Bracelet, que se tornou um item “embutido”), sendo que o jogador fica com dois botões livres para equipar seus itens à vontade. As transições de cenário, tão comuns em um game de 8-bits do nível de complexidade que Link’s Awakening possui, estão ausentes nessa nova versão. O jogador pode até notar uma pequena queda de frames ao mudar para um novo local da ilha, mas esse pequeno problema de desempenho é quase imperceptível, permitindo uma transição praticamente instantânea entre os cenários. Aproveitando também as capacidades de processamento maiores do Switch em comparação com o antigo GameBoy, alguns padrões de luta e tipos de inimigos foram modificados para aprimorar o combate no game e dar uma “tunada” na curva de dificuldade da aventura. Muitos jogadores consideravam o game original muito fácil, então perceber que alguns elementos foram modificados para se tornar mais desafiadores (mas ao mesmo tempo acessíveis e interessantes) é extremamente satisfatório. Para aqueles que, como eu, jogaram o game original, a sensação que fica ao experienciar essa jornada incrível de Link pela ilha Koholint é que a Greezo seguiu à risca a máxima “melhorar a experiência, mas sem prejudicar a obra original”. É evidente o cuidado feito ao preservar ao máximo os elementos do game original sob uma roupagem nova e, ao mesmo tempo, adicionando novos componentes que tornam o game muito mais convidativo para novos jogadores e apelando para a nostalgia daqueles que tiveram o prazer de jogar essa aventura no pequeno GameBoy, Nintendo 3DS ou mesmo em emuladores. Além de todos esses aspectos visuais e de jogabilidade, a grande novidade dessa nova versão do game fica por conta do “Construtor de Dungeons” presentes na cabana de Dampé. À medida que você concluir essas perigosas catacumbas, irá desbloquear mais designs de dungeons e será capaz de montar a sua própria para depois testar e se divertir (além de ganhar alguns prêmios especiais). E se você tiver o amiibo especial de Link’s Awakening, ainda poderá salvar o design de sua dungeon e até mesmo adicionar um Shadow Link, uma sombra sua que serve de inimigo.

Ação, aventura e emoção nas suas mãos

Muitos críticos e jogadores se perguntavam como a Nintendo conseguiria superar o sucesso de Breath of the Wild – game de lançamento do Nintendo Switch e o último na linha de tempo da franquia – pois, afinal, o jogo foi responsável por redefinir vários aspectos da série e elevar seu nível de qualidade a patamares nunca antes imaginados. Porém, The Legend of Zelda: Link’s Awakening chega para provar que a essência da série: aventura, emoção e exploração, continuam sendo os pilares essenciais para fazer um título de sucesso. A forma como o novo estilo artístico e o aprimoramento das mecânicas do game original são capazes de entregar uma aventura sólida, bela e divertida apenas servem para demonstrar que Link’s Awakening continua sendo um game fantástico, mesmo depois de 23 anos. A ilha Koholint ainda é um lugar que todo o fã da franquia quer visitar novamente e que qualquer jogador que deseja conhecer a franquia precisa fazer uma parada obrigatória. Já jogou The Legend of Zelda: Link’s Awakening? Deixe nos comentários o que você achou do game

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