O mercado de smart TVs, não por coincidência, tem roubado a atenção de muita gente – ainda mais daqueles que também buscam por uma boa forma de aproveitar os recentes consoles da nova geração. Por motivos como estes, a LG 75NANO90 vem como adição de modelos premium com selo NanoCell. A linha representa modelos intermediários e de alto padrão da marca, sendo a concorrente direta do QLED da Samsung (tanto o QLED quanto o NanoCell são nomes para televisões com telas de pontos quânticos). Disponível em seis séries diferentes com telas que vão até 86 polegadas, reproduzindo cores puríssimas e sem distorção, as TVs LG NanoCell são a escolha perfeita até para os cinéfilos mais exigentes. A linha utiliza a exclusiva tecnologia de nanopartículas da empresa, que contam com apenas um nanômetro (nm) de tamanho. Ela compõe uma atualização recente, que tem até modelos 8K da LG. O modelo dessa análise, a gigantesca Smart TV LG NanoCell 4K de 75 polegadas (75NANO90SNA) da série NanoCell 90 representa o topo da linha na resolução 4K, com mais de um bilhão de cores e altíssima qualidade. Ela é a única NanoCell com HDMI 2.1 e Full Array Local Dimming, tecnologia que faz controle do contraste entre preto e branco simultaneamente. A seguir, confira o que achamos em nosso teste da LG 75NANO90.

Design

Com o único detalhe do logo “LG NanoCell” no canto inferior direito da tela, a TV tem visual bem clean, ponto que se estende até as linhas mais básicas dos lançamentos recentes da marca. A montagem requer duplas de parafusos em cada um dos pés, que se encaixam com “clique” antes de parafusar para você saber que está tudo certo. Enquanto montada sobre o rack (no meu caso), a largura dos pés passam sensação de estabilidade. Na traseira, temos um revestimento de plástico – à distância se parece com metal escovado – e nas extremidades vemos a borda relativamente fina. A espessura da LG 75NANO90 como um todo não desaponta, nem impressiona: é o suficiente para não chamar tanto a atenção de quem vê-la de perfil. Uma única adição que seria interessante à smart TV em termos de design é uma canaleta para passagem dos cabos, que conectam-se tanto embaixo como na lateral direita (se vista de costas). Então, caso eu optasse por montar na parede, precisaria de apetrechos adicionais para manejar todas as conexões. Por sorte, para quem prefere a NanoCell sobre uma superfície, pode contar com os clipes nos suportes.

Conectividade

Na parte de trás temos 4 entradas HDMI, sendo duas HDMI 2.1 (4K@120Hz, com ARC em uma) e duas HDMI 2.0 direcionadas para o lado, facilitando a conexão dos cabos. Logo abaixo deles, vemos a dupla USB-A. No centro da TV, há a entrada unificada do componente, entrada para sinal de TV, cabo ethernet e um terceiro USB tipo A. Por ter HDMI 2.1, na prática a NanoCell está pronta para receber a nova geração de consoles, lançados agora em novembro (Xbox Series X e Series S, e o PlayStation 5) exibindo a melhor qualidade de gráficos em 4K a 60 frames por segundo. Como citamos anteriormente, ela é a única da linha a ter essa adição, o que acaba por virar um ponto positivo não só entre as outras smart TVs da marca como também da concorrência na mesma faixa de preço (e que ainda não abraçam a tecnologia).

Imagem

A LG 75NANO90 testada por nós foi a de 75 polegadas, que possui painel IPS (ângulo de visão superior sem muitos reflexos), tecnologias Full Array Local Dimming (32 zonas de iluminação, para melhorar contraste) e suporte para Dolby Vision, proporcionando imagem digna de cinema. Em reforço à taxa de 120Hz, tive uma navegação extremamente fluida e notei pouco motion blur. Ao ver as especificações, entendemos: a reposta de 4ms ajuda na redução de borrões, ainda mais combinado ao “Motion Pro” (o black frame insertion), que previne imperfeições do tipo. A qualidade de imagem é espetacular, embora um pouco abaixo do OLED própria da marca, como a LG CX testada por nós. Em comparação, a CX tem iluminação individual dos pixels, o que deixa-a muito superior em termos de qualidade (e também de preço), enquanto a LG 75NANO90SNA tem display LED/LCD e requer backlight para funcionar. Pela tecnologia da NanoCell, a iluminação chega perto dos tão falados “pretos absolutos”, algo que não acontece nas outras TVs com backlight mais tradicional. Outra diferença está no processador, pois a OLED tem um Alpha9 e a NanoCell tem um Alpha7. Isso não necessariamente é sinônimo de inferioridade, porém, ao utilizá-la no dia-a-dia podemos calcular alguns segundos de diferença ao carregar aplicativos e menus diversos, se compararmos à linha “C” (C9 e CX) recente da LG. O grande destaque da TV é o Modo do Cineasta (Filmmaker Mode), uma pré-configuração essencial para cinéfilos. Na prática, isso desativa todos os presets da LG 75NANO90SNA, como interpolação de frames para suavizar movimentos, e prioriza a qualidade de imagem cinematográfica. Essa é uma adição não-exclusiva da LG para modelos de TV em 2020, mas se destaca neste, em especial. Curiosamente, o Filmmaker se diferencia do “modo cinema” próprio da TV por ter iluminação inferior – as cenas do modo cinema são muito mais claras, mas isso não afeta as cores em si. Logo, do contrário, aqui temos proporções de tela, cores e taxa de frames fiel à obra original. Ao ver filmes e séries de streaming em 4K, basta ativar o Filmmaker para notar a diferença de fluidez de imediato. Quando o conteúdo permite ativação do HDR, automático na TV, há ainda mais brilho sem sacrificar a qualidade. Por último mas não menos importante, há os modos “Gamer” e “Esportes“. O tempo de resposta (input lag) para jogos é de menos de 15 milissegundos, podendo ser ativado assim que o sistema detectar um console conectado. A inclusão da tecnologia AMD FreeSync, por exemplo, impede faixas verticais e “quebras” na tela, o que te permite plugar um console novíssimo ou até um computador gamer sem o mínimo problema. Além disso, o citado Motion Pro reforça a nitidez de movimentos rápidos, em especial de objetos e atletas.

Som

A smart TV tem sistema de som 2.0 canais, a 20W de potência (RMS), com suporte à tecnologia Dolby Atmos para som surround em saída própria. Nos modos de som, obtive resultados razoavelmente positivos, com agudos e médios bem limpos – nada demais nos baixos, como era de se esperar. Na configuração da saída de som, vemos opções de conexão a cabo óptico, HDMI ARC, a combinação de ambos aos alto-falantes da TV e, claro, o Bluetooth. Curioso que, para quem não dispor de um sistema de som dedicado, pode-se simular surround com um par de caixas de som da LG. Pode parecer que design não interfere muito no som, dado que geralmente speakers ficam localizados na base das smart TVs. Porém, novamente ao comparativo da CX, não temos o rebote de som na base – o que, por conta própria, tem seus prós e contras a depender do setup e montagem do produto na sua sala. A LG 75NANO90SNA agrada, ainda que com nítida diferença.

Interface e sistema operacional

Falando nele, o controle remoto continua sendo o Magic Remote nos modelos de 2020 da LG, o que não é exceção na NanoCell. O cursor (tipo mouse) surge ao apontar para a TV, em navegação fácil pelos menus, ainda mais fluidos pela taxa de atualização agradável. Em contraponto, o scroll do mouse substitui o botão central, dificultando dominar nos primeiros dias de uso sem acidentes de seleção. Em adição interessante, na manhã do dia 17 havia a opção de baixar o recém-chegado Disney+ (Disney Plus) para conferir conteúdos em 4K. Um detalhe do webOS é poder colocar um canal favorito do YouTube como atalho rápido da barra de navegação – pois é, perfeito para quem já aceitou que vê mais canais e filmes on-demand do que a TV aberta. À parte de todos os elogios feitos, devo citar que o processo de instalação é um tanto confuso, com alertas e pop-ups impedindo de ter uma boa primeira impressão da NanoCell. Felizmente, após o setup não tive quedas de performance nem problemas com os apps instalados. A loja de aplicativos, navegação por canais, funções inteligentes e menus de configuração rodaram bem.

Assistentes de voz e inteligência artificial

Para o caso do assistente próprio da LG, percebi um ponto positivo por puro acidente: ao somente pressionar o botão do microfone, recebe-se sugestões do que assistir nos canais próprios da LG. A lista de TV online lembra a grade de programações de TV à cabo, com canais para escolher e horários pré-definidos. Por padrão, o Looke mostra sugestões de filmes (ao dizer, por exemplo, “me mostre filmes de comédia”) e a Disney Plus ainda não está integrada corretamente no sistema (“assistir Mandalorian na Disney Plus” abre sugestões de vídeos no YouTube). Na Netflix tudo correu normalmente ao falar programas específicos (Queen’s Gambit e Stranger Things), mas ao pedir “filmes de terror na Netflix”, estranho haver primeiro a sugestão de séries, com filmes em sequência em uma aba secundária. Uma pena é saber que essa TV é vendida como “com assistente pessoal do Google” e “com inteligência artificial“, mas você não consegue ligar ou desligá-la com a voz. Isso pode se dar pelos modos de conexão e pelo sistema operacional em si, que até permitem integração ao sistema ThinQ AI e conexão a outros dispositivos, porém, não libera o controle da LG 75NANO90SNA enquanto desligada. Precisar do toque no controle sem palavras de ativação (“Ok, Google” ou “Alexa”) também é um ponto fraco. Enquanto central dos sistemas inteligentes, a LG 75NANO90 satisfaz. Pode inclusive integrar dispositivos da Apple (tem AirPlay2) e espelhar um dispositivo com sistema Android em overlay, ou seja, sobreposto ao conteúdo assistido. Conectei também a lâmpada Philips Hue e a soundbar LG SL9YG para testes, e ambos funcionaram de acordo. Quem preferir usar um speaker inteligente para controlá-la, como o Echo Dot, também pode. Falando na inteligência do sistema, temos a aplicação em áudio: o AI Acoustic Tuning calibra o som do ambiente com base no microfone do controle para entregar “a melhor experiência para o ambiente“. Outras configurações interessantes são I.A. para melhorar a imagem, além do citado Filmmaker Mode que pode ser ativado automaticamente a exibir conteúdos cinematográficos.

Conclusão

A LG 75NANO90 abriga inteligência artificial, tecnologias de áudio e vídeo Dolby, conexões topo de linha e ótimo contraste para exibir em um painel sem igual da linha NanoCell. Por esta representar o mais alto padrão das televisões 4K da marca, quase todos os pontos foram refinados para entregar performance espetacular. Pode ser uma ótima TV em espaços claros com muitos espectadores simultâneos sem que a visualização de ninguém seja comprometida, por ter painel IPS. Já em ambientes escuros, se dá bem por dispor das zonas de ajuste (Full Array Local Dimming), mesmo que seja inferior às OLEDs da LG – a quem tenha olhos mais treinados. De longe, o ponto forte é que ela tem literalmente tudo o que você pode pedir de uma televisão para jogos, graças ao HDMI 2.1 e o FreeSync, por um preço mais econômico que as de escalão mais alto (8K). Por sinal, em relação ao custo-benefício ela está dentro da média se comparada a uma das concorrentes diretas, que seria a Samsung Q80T (pontos quânticos, contra o NanoCell desta) de mesmo tamanho. O modelo de 75 polegadas da LG 75NANO90, como testado por nós, vem ao preço sugerido de R$ 14.999,00 desde o lançamento, mas ela pode ser encontrada em lojas como a Magazine Luiza por R$ 12.159,05. E aí, o que achou das tecnologias da LG 75NANO90? Conte para a gente nos comentários!

Especificações técnicas da NanoCell LG 75NANO90

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