O modelo que recebi para testar foi o GZ301ZE, com um processador Intel Core i9 de 12ª geração e placa de vídeo RTX 3050 TI da Nvidia com 16 GB de memória RAM e 1TB de armazenamento em SSD. Será que isso é suficiente para aguentar as tarefas do dia a dia e joguinhos? Confira agora na nossa review completa do ROG Flow Z13.

Design e Construção

Quando tirei o ROG Flow Z13 da caixa, a primeira coisa que me chamou a atenção foram os detalhes estéticos que a ASUS colocou na traseira do aparelho. São diversos detalhes com o nome da linha e um pequeno painel traseiro com detalhes do hardware; como todo bom PC gamer, os LEDs acendem quando está usado. Na parte superior temos a escrita “Republic of Gamers” com duas saídas de ar ao lado. Essa decisão das saídas de ar na parte superior é muito boa e funciona bem; acredito que outras empresas e modelos deveriam seguir com a tendência. No lado direito o que temos é o botão de energia com um sensor de impressão digital e os botões de volume. Na parte inferior temos duas possibilidades. No meu caso, o tablet já veio no formato “PC” com o teclado acoplado, mas você é livre para utilizá-lo de ambas as formas. Por falar em teclado, ele é de ótima qualidade, conta com teclas retroiluminadas em RGB, além de um ótimo touchpad com gestos e botões. O único “problema” desse teclado é que ele não está no padrão ABNT, embora ele funcione nesse padrão perfeitamente se você configurar o Windows para isso. Acoplar e desacoplar a tela do teclado é algo que acho que poderia soar menos perigoso. Não é difícil, mas é sempre um frio na barriga de acabar usando força demais e acabar jogando o tablet longe. Com o teclado acoplado, ele permite que você o use de duas maneiras: totalmente plano ou de forma elevada com o ímã da tela do ROG Flow Z13. Na caixa, além do belo unboxing que o kit proporcionou, o que temos aqui é uma fonte de 100W Tipo-C, entretanto, ela é bem grande e não tão portátil. Na parte traseira temos um tipo de orelha que serve para puxar o suporte traseiro, este que permite a tela ficar em até 170°. Isso significa que você vai conseguir utilizá-lo tanto como um notebook convencional como também como uma mesa digitalizadora profissional. A construção de toda essa funcionalidade é de ótima qualidade e, embora dê um pouco de medo inicialmente, quando você acostuma fica bem fácil ficar mudando as posições do tablet.

Conectividade e portas

Para esse tópico, é preciso considerar primeiro que o aparelho é um tablet que se transforma em um notebook e não o contrário. Com isso em mente, todo o seu núcleo está num único lugar, seja ele a tela, a placa de vídeo, processador e o resto. No lado direito, logo abaixo das teclas de volume, o que temos são uma entrada USB 2.0 e a entrada para fones de ouvido. Com essas duas entradas, há uma das saídas de som. Do outro lado, temos uma entrada USB-C para carregar o ASUS ROG Flow Z13 e também para transferência de dados ou até mesmo transmitir a tela. Descendo um pouco, temos uma proteção com o selo da ROG; ao retirá-lo, temos mais uma entrada USB-C e uma conexão para usar o ROG XG Mobile, um tipo de placa de vídeo portátil compatível com os ROG Flow Z13 e X13. Na traseira, atrás do suporte, temos ainda uma entrada para cartões MicroSD, o que pode ser bem útil. Quanto às portas e a quantidade delas, nada me incomodou, até porque estamos falando de um tablet, mas o posicionamento de algumas delas sim. O principal problema, para mim, foi a questão das entradas USB-C. Já que ambas podem ser usadas para carregar, elas poderiam ter sido colocadas uma em cada lado, facilitando a mobilidade do aparelho e permitindo que você consiga usá-lo com ainda mais diversidade. Com ambas do lado esquerdo, você fica refém sempre de uma posição que tenha uma tomada disponível daquele lado. Já quando falamos em conectividade, temos Wi Fi 6E e Bluetooth 5.2, mais do que suficientes para dar conta das tecnologias recentes. Por fim, o teclado destacável, como disse antes, é de excelente qualidade. É confortável de digitar, tem um touchpad com função de gestos e botões e o melhor, é claro, tem luzinha RGB.

Tela e som

O ROG Flow Z13 que testamos tem uma tela FHD+ (1920 x 1200) de 13,4″ com touchscreen e taxa de atualização de 120Hz e sRGB 100, isto é, conta com uma fidelidade de cores bem alta. A tela ainda suporta as famosas canetas stylus, embora ela não seja inclusa no pacote. Eu tentei usar a minha S Pen e não funcionou, então vou ficar devendo se a experiência com elas é boa ou não. Apesar disso, o que posso dizer é que colocar o tablet com o suporte no máximo foi feito para os designers e desenhistas, sendo essa uma das funcionalidades mais interessantes do tablet. A experiência de usar o tablet foi esquisita. Tudo responde muito bem graças aos 30ms de tempo de resposta, mas provavelmente pelos meus vícios de uso em smartphones, senti a experiência de toque no Windows 11 muito estranha. É algo que eu precisaria de um tempo a mais para me adaptar, embora, por mim, eles deixariam tudo o mais parecido com os smartphones. Para deixar a experiência com os jogos, músicas ou para assistir filmes ainda mais interessante, o ROG Flow Z13 tem dois alto-falantes com Dolby Atmos e certificação Hi-Res, além da tecnologia Smart Amplifier. Para as chamadas de vídeo, ele vem com 3 microfones embutidos e cancelamento de ruído com tecnologia de IA. Na prática, eles são suficientes para uma chamada de vídeo.

Bateria

Essa parte me desapontou um pouco, embora não seja uma grande surpresa. A ideia principal dos tablets é ser algo portátil com uma boa autonomia de bateria, mas aqui temos uma experiência não muito diferente do que vemos nos notebooks gamers. Temos uma bateria de 56W de 4 células Li-ion e ela aguenta cerca de 3 horas fora da tomada. Testei em usos mais moderados como apenas digitando e mexendo em coisas mais simples e mesmo assim não aguentou muito mais que isso.

Ruído e aquecimento

Novamente frisando que estamos falando de um tablet, a questão de aquecimento por aqui vai ter dois desdobramentos. Caso decida jogar ou usar programas muito pesados no modo tablet do ROG Flow Z13, a tela dele — também o corpo dele — irá ficar quente, mas nos meus testes, nada que impeça o uso. Já no modo com teclado acoplado, você não terá nenhum problema relacionado, visto que ela se concentra numa parte externa do tablet. Sobre ruídos ou barulhos durante o uso, isso vai depender da configuração que você fizer no app Armoury Crate da ASUS. Nele, você consegue definir qual vai ser o foco do PC, aumentando o uso de CPU e GPU, ou então deixando tudo no modo mais silencioso possível. Independente da sua escolha e necessidade, é importante comentar que ele vem com uma câmara de vapor com duas ventoinhas para dissipação de calor. Não senti queda de desempenho por superaquecimento em nenhum momento, o que significa que a dissipação de calor é eficiente. Ela fica um pouquinho barulhenta em determinados momentos, mas dá para relevar.

Sistema

O ROG Flow Z13 que recebi para teste veio equipado com um processador Intel(R) Core(TM) i9-12900H 2.50 GHz de 12ª geração, 16 GB de memória RAM, 1 TB de SSD e GPU Nvidia RTX GeForce RTX 3050 Ti Laptop com 4GB de VRAM. Exceto pela GPU que pode ser “melhorada” através da entrada XG Mobile, o resto está muito bem soldado para ficar assim até o último dia. Por termos um kit bem interessante, não acredito que você sentirá falta de alguma coisa no tablet no aspecto hardware. Já quando o assunto é software, ele vem com o Windows 11 de fábrica e como uma pessoa que teve o primeiro contato com a nova versão do Windows somente por aqui, admito estar bastante satisfeito com a experiência. As coisas funcionaram bem, o sistema é bonito e a multitarefa é simplesmente maravilhosa. Estudar e trabalhar com várias coisas em simultâneo agora se tornou uma experiência ótima. A única parte que realmente me causou estranheza foi na hora de usar o Windows 11 no touchscreen. Mencionei isso antes, mas os gestos que estou acostumado a fazer no Android não funcionam por aqui, então me senti bem deslocado com essa experiência.

Desempenho

Testes sintéticos

Para testar toda a potência do Intel Core i9 12900-H e da GeForce RTX 3050 Ti, utilizei alguns softwares de benchmark para colocar ambos à prova e ver do que são capazes. Naturalmente, nesses testes, quanto maior os pontos, melhor o resultado e o desempenho da CPU e GPU.

PCMark 10

O PC Mark é excelente para testar principalmente o processador porque seu teste usa como base as mais variadas atividades cotidianas, como navegação na internet, chamadas de vídeo, reprodução e renderização de vídeos, planilhas e muitos outros.

Cinebench R23

Os testes do CINEBENCH colocam tanto o processador quanto a placa de vídeo em uso máximo, renderizando imagens e cenários altamente detalhados. São dois testes feitos aqui, o primeiro usando os 14 núcleos do processador para ver como eles se saem, chamados multicore. No segundo teste, temos o teste para um único núcleo, chamado single-core, esse do qual o Intel Core i9 12900-H se saiu muito bem. Confira:

Testes em games

Para nosso teste nos games, escolhi dois jogos, um deles de graça e outro que estava bastante curioso para testar e que está incluso no Gamepass. O primeiro é o já conhecido Fortnite, do qual gostei bastante do desempenho. Já o outro escolhido foi o Guardiões da Galáxia da Marvel, game que é bem interessante visualmente.

Fortnite

No Fortnite os resultados foram muito bons. Com o DLSS ativo no modo desempenho, consegui uma média de 98 FPS na qualidade alta. É um desempenho muito bom, ainda mais num jogo mais frenético como esse.

Guardiões da Galáxia

O game da Marvel rodou bem na faixa dos 60 FPS na qualidade alta, essa que já é a configuração padrão indicada pelo sistema. O game se manteve consistente quase o tempo todo, mas senti uma leve melhoria quando mudei para o modo Turbo no app da ASUS. Confira:

Conclusão

O ROG Flow Z13 é uma aposta muito interessante da ASUS em uma linha que já se popularizou com os gamers. Poder ter o processador mais recente da Intel nele também é um fator muito importante que, junto a uma boa placa de vídeo, faz um combo excelente, ainda mais falando de um tablet. Esse é com certeza um dos “gadgets” mais interessantes que pude testar até hoje. Embora ainda não tenha uma data de lançamento e preço oficial para o Brasil, espero que, quando isso acontecer, não seja algo tão intimidador quando imagino.

Ficha técnica

Veja também: Agora se você está buscando um notebook gamer mais tradicional, mas ainda assim bem potente, confira nossa review do Alienware m15

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