Destaques e design

Moldado a partir de protótipos em argila, o MX Anywhere 3 tem perfil ergonômico e compacto, sendo similar ao MX Master 3 – mesmo que o primeiro seja menor. O nome “Anywhere“, que em tradução do inglês significa “em qualquer lugar”, existe devido a dois destaques de uso: ele é compatível com praticamente qualquer dispositivo (Android, macOS/iPadOS, Windows, Linux e ChromeOS) e em qualquer superfície (madeira, vidro, papel e plástico). Acompanhado do dongle padrão da Logitech chamado Unifying Receiver, que possibilita a conexão de periféricos compatíveis, o mouse funciona também via Bluetooth. Falando em conexões, ele traz a porta USB-C na parte da frente para carregar a bateria (com duração de 70 dias!) e, na embalagem, temos o cabo USB-A para C. Com cores e design despretensiosos, o mouse traz a tecnologia MagSpeed no scroll (a rodinha) – “Mag” vem de magnético. Na prática, você tem tanto a opção de rolagem infinita (como se fosse uma roda de carro em miniatura) ou a rolagem em etapas (como mouses tradicionais, provavelmente igual ao que você usa no dia-a-dia). Quem mais pode tirar vantagem deste feedback tátil é o usuário de mouses que trabalha com programas de edição ou design gráfico, onde “zoom” e navegação por linhas do tempo tornam-se essenciais para maior produtividade. O seletor que dita a resistência fica logo abaixo do scroll, sendo um dos quatro botões extras do MX Anywhere 3. Nas laterais, o periférico tem revestimento de silicone para melhorar a pegada e, do lado esquerdo, vemos dois botões multifunção (que explicaremos melhor abaixo), além do quarto botão na base, que permite conectar o mouse a até três dispositivos em simultâneo, alternando quando você bem quiser.

Conectividade e software

A conexão com os aparelhos pode ser feita por Bluetooth ou pelo Unifying Receiver. Nos testes, emparelhei o MX Anywhere 3 ao desktop e só depois conectei ao dongle. O segundo dispositivo foi o notebook. Por via das dúvidas, testei a conexão com o smartphone (Bluetooth) e ele funcionou perfeitamente em um Android 8.0. Outra conexão um pouco aleatória foi com o Xbox Series X, pelo dongle, onde pude inclusive jogar Call of Duty Warzone sem nenhum problema. Propositalmente exagerando em cenários imagináveis (afinal, este é um teste de desempenho do produto), levei o MX Anywhere 3 do notebook onde o dongle estava conectado até o outro lado do cômodo. Fiquei boquiaberto por passar de 4,5 metros e só então o mouse começou a perder sinal. Entre eles havia cerca de 5 divisórias de madeira e uma parede. Isso prova que você pode utilizá-lo mesmo em setups mirabolantes, como quem utiliza o PC conectado na TV e deixa o desktop mais escondido no ambiente. O botão do meio, logo abaixo do scroll, serve como atalho para a função de gestos. Lembrando o que acontece com trackpads modernos, você pode atribuir a ação para navegar por uma página, ver configurações do sistema operacional ou ter controle de mídia. Neste terceiro cenário, basta apertar o botão para dar play/pause e segurá-lo para ativar os gestos: voltar a música (ir com o mouse para a esquerda), ir para a próxima música (direita), aumentar (cima) e diminuir (para baixo) o volume do que estiver tocando. Assim que conectei o mouse ao computador (primeiramente via Bluetooth), o MX Anywhere 3 sugeriu a instalação do Logitech Options, software parceiro para comunicação com periféricos da fabricante. Há uma lista enorme com funções e atalhos, separadas por utilidades de navegação, produtividade, comandos do sistema e controle de mídia, por exemplo. A função Flow do software possibilita copiar informações de um computador para o outro, utilizando o mesmo mouse. Fiquei impressionado com o quão simples foi. Basta copiar um texto, apertar o seletor na base, ir para o outro computador e colar. Quem trabalha com desktop e notebook pode desfrutar dessa facilidade (contanto que o outro dispositivo também tenha Flow, claro).

Uso na rotina

Por trabalhar com edição de áudio e vídeo, o que mais me chama atenção ao falar sobre periféricos é o scroll. Navegar por linhas do tempo com precisão torna-se um pilar de quem deseja um bom fluxo de trabalho. Nestes cenários, o MagSpeed se provou bem preciso. Curioso que pode-se aplicar mais força à velocidade e ele automaticamente fica com rolagem infinita. Uma proposta que fiquei curioso para testar desde o anúncio dessa tecnologia (antes deste mouse) foi que a rodinha pode “descer até 1,000 linhas em menos de 1 segundo“, coisa que para quem trabalha com textos ou Excel pode vir a calhar muito bem. Então abri uma planilha qualquer e me surpreendi, pois a proposta é 100% verdadeira. Para efeito de comparação, um mouse gamer intermediário, com mais resistência do que o scroll do MX Anywhere 3, conseguiu descer apenas um décimo disso no mesmo tempo. Assim como outros mouses, o MX Anywhere 3 vem pré-configurado com os atalhos da dupla de botões laterais e se adapta a diversos programas. Eles terão as funções de avançar/voltar as páginas, quando o usuário estiver com navegadores de internet e outros softwares, por exemplo. Além disso, em programas de texto (Word) e edição (Photoshop), eles servem como desfazer/refazer ações.
Outra função dos botões (também de fábrica) te permite segurar um deles junto ao scroll para navegar na horizontal. Por eu já estar acostumado a segurar o Shift esquerdo sempre que quiser ir para os lados (em aplicativos como Adobe Audition e Premiere, nas linhas do tempo), eu não vi tanto conforto e praticidade, mas com certeza é uma função útil a quem estiver disposto a se acostumar – arrisco dizer que tem potencial de viciar. O nome “Anywhere” faz sentido ao entender melhor a versatilidade do produto, que traz a tecnologia Darkfield. Propositalmente, coloquei o MX Anywhere 3 em diferentes superfícies: madeira crua, granito, vidro e o mousepad. Em todas, ele performou de maneira uniforme. Quem já utilizou mouses com sensores e/ou sensibilidades diferentes, sabe muito bem a importância da fluidez de navegação. Mais uma surpresa foi a duração da bateria. O MX Anywhere 3 segue com a mesma capacidade do que a geração anterior, aguentando estimadas 70 horas de uso. Outro destaque que se provou verdadeiro foi o carregamento ultrarrápido: 1 minuto conectado resulta em mais de duas horas ativas.
Mesmo que o tamanho não me agrade muito (estou acostumado com mouses mais estreitos e com corpo maior, como muitos modelos gamers) e não comporte perfeitamente a minha mão, é questão de costume até adaptar-se à ergonomia do MX Anywhere 3. Trocar entre notebook e desktop se provou muito útil e com certeza isso ajuda a conciliar trabalho e entretenimento, em especial para quem possui mais de uma máquina em casa para cada atividade.

Conclusão

E aí, o que achou do versátil mouse sem fio Logitech MX Anywhere 3? Conte para a gente nos comentários abaixo!

Especificações técnicas do Logitech MX Anywhere 3

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