Pelo levantamento, realizado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) entre 26 e 29 de maio, 25% das entrevistadas acreditam em um cenário otimista, afirmando que acreditam em estabilidade até o final de 2020 – e para 7% delas a produção ficará acima do que foi registrado em 2019. O mais impactante é que 68% das empresas projetam uma queda na produção este ano, se comparado ao ano passado, com redução estimada de 15% neste período. A crise foi sentida por 62% das empresas que reconheceram a queda na produção entre março e abril. Visto que o coronavírus chegou ao Brasil em meados de março, isso se estendeu ao longo de todo o mês seguinte.

O atual cenário da produção industrial

Surpreendentemente, 32% das empresas tiveram um atual cenário estável nos dois primeiros meses da crise, contra um crescimento de 6% das entrevistadas. Em maio a estabilidade se elevou para 41%, o que significa a repetição do fraco resultado do mês anterior, e o crescimento aconteceu com 21%. Ainda segundo a pesquisa, 70% delas não reduziram seu quadro de empregados em maio. Como opção, 95% das entrevistadas tomaram iniciativas em prol de evitar ou reduzir as demissões: adaptaram-se para home office, fizeram acordos para redução de jornada de trabalho e salário, anteciparam férias, fizeram uso do banco de horas, entre outras. A pesquisa diz que 87% desta produção industrial está adotando medidas emergenciais seguindo orientação dos governos municipal, estadual e federal, para amenizar o impacto da crise. Em termos específicos na área de produção de aparelhos elétricos, houve redução de 70,4% em eletrodomésticos; 48,1% de lâmpadas e 42,1% de pilhas e baterias, por exemplo. Já na área eletrônica, a retração foi de 49,4% em aparelhos de áudio e vídeo; 45,6% em equipamentos de comunicação e 40,3% em bens de informática. A queda atual é a maior da série histórica, iniciada em 2002. Como informa Humberto Barbato, presidente da Abinee, “é importante ressaltar que caiu a produção de todos os segmentos do setor, tanto da indústria elétrica quanto da eletrônica“. Para ele, essa perspectiva de hoje reflete a situação atual, bem como ao falarmos das incertezas sobre como será o cenário do comércio no fim definitivo da quarentena. “O consumidor sem segurança não vai trocar seu celular sem saber se vai ter seu emprego mantido“, ele conclui. FONTES: Abinee, IstoÉ Dinheiro, Convergência Digital, Correio Popular, Olhar Digital, Teletime,

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