O preço da gasolina depende de muitos fatores
Segundo a Petrobras, o preço final que encontramos em bombas de gasolina sofre alterações por três fatores. São eles: escolha do produtor ou importador, tributos e margens de comercialização. E é exatamente como demonstrado no infográfico acima. Isto é, 45% do preço da gasolina provém de impostos – sendo 29% do ICMS e 16% de CIDE, PIS/PASEP e COFINS -, 34% está sob o controle da Petrobras, 12% é referente ao custo do Etanol Anidro e 9% fica para a parte da revenda. Ou seja, muita coisa acontece entre a transformação da Gasolina “A” – que é a produzida pelas refinarias da Petrobras e terceiros, ou importada de outros países – e a Gasolina “C”, que é a utilizada pelo consumidor. Além disso, acontece que a Gasolina “A” é distribuída pela Petrobras para todo o país sob um preço que também varia de acordo com alguns fatores. Aqui, este preço irá variar de acordo com o valor cobrado pela Petrobras e o valor dos tributos. Logo, não é surpresa para ninguém que boa parte da culpa vai para os tributos cobrados por este serviço. Neste caso, há os impostos cobrados pelos estados (ICMS) e também pela União (CIDE, PIS/PASEP e COFINS). Caso não esteja familiarizado com as siglas, o CIDE é referente a Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico e, na verdade, já foi dito que esse tributo só corresponde à R$ 0,05 do preço total da gasolina. Já o PIS/PASEP correspondem ao Programa de Integração Social e ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, respectivamente. Estes dois programas são responsáveis, principalmente, pelo financiamento do seguro-desemprego. Por fim, temos o COFINS, que é a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Em outras palavras, é um tributo que serve para lhe garantir – ao menos em teoria – sua previdência social, sua saúde e até mesmo sua assistência social.
Variações estaduais e o Etanol Anidro
E como se não bastasse tanta oscilação, vale lembrar que o ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, também varia de acordo com o estado em questão. O que também explica o porquê da Gasolina “C “ do Rio de Janeiro, por exemplo, custar bem mais caro. Além disso, a Gasolina Comum (também chamada de Gasolina “C”) é o resultado da mistura entre a Gasolina “A” e o Etanol Anidro. Este álcool, que compõe cerca de 27% da mistura, não é produzido somente pela Petrobras. Então sim, o Etanol Anidro também tem sua “parcela de culpa” no aumento do preço da gasolina, uma vez que, em seu valor final, estão aplicados custos de produção, margens de lucro e etc. Mas, enquanto a situação não é resolvida em definitivo e o preço da gasolina não volta a cair, que tal pensarmos numa solução alternativa que veio para ficar?
A alternativa dos carros elétricos
Sem dúvidas, os carros elétricos estão cada vez mais presentes no mercado automobilístico. Porém, eles ainda não representam uma parte tão significativa desse mercado, a ponto de bater de frente com carros movidos a gasolina. Ainda assim, quanto será que custa, em média, para recarregar um carro elétrico? Em suma, o consumo médio de um veículo movido à eletricidade é de 30kWh a cada 160km. Obviamente, esses valores irão variar de acordo com a tecnologia do carro em si. Ou seja, há carros mais eficientes e menos eficientes, assim como os movidos à gasolina.
O custo para recarregar carros elétricos
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa de Transporte da Universidade de Michigan em 2016, seriam necessários aproximadamente US$ 540,00 (aproximadamente R$ 1982,23) para rodar com um carro elétrico durante um ano nos EUA. Essa pesquisa leva em conta que a distância média percorrida em um ano é de 24.000 km. E, caso essa mesma distância seja coberta por um carro movido à gasolina, o custo saltaria para US$ 1.400,00 (cerca de R$ 5.139,12). Lembrando, novamente, que estes valores são baseados no consumo de energia dos Estados Unidos. Porém, por mais econômicos que os carros elétricos sejam, eles oferecem um problema. Este, por enquanto, seria o próprio ato de recarregar suas baterias. Isto é, ao menos por enquanto, este é um processo que leva bastante tempo.
A influência internacional
Apesar de empresas como a Tesla estarem sempre buscando inovar nesta área, é notável que ainda é necessário muito avanço. Mesmo com projetos que prometem carros que recarregam em 5 minutos. Além disso, esse avanço precisa ser dentro e fora dos carros. Isso porque, ao menos aqui no Brasil, caso você precise recarregar seu carro com urgência, é mais provável que ele fique sem carga no meio do caminho. Ou seja, apesar de carros elétricos serem uma solução excepcional, é necessário que eles deem muito certo lá fora primeiro. Com isso, o Brasil será “forçado” a seguir a tendência do mercado. E você, qual a sua ideia para o futuro? Certamente, os carros elétricos oferecem um impacto ambiental menor, além do custo de manutenção barato. Mas, nos diga o que acha aí nos comentários!