No último dia 24 de fevereiro foram confirmados cerca de 77 mil casos de coronavírus apenas no país asiático, sendo um número que tende a aumentar, considerando que a vacina ainda está em período de testes e deve chegar ao público apenas nos próximos meses.
Por também ter chegado em outros países, a epidemia está afetando diretamente o universo da tecnologia, considerando que o Mobile World Congress, em Barcelona, foi cancelado, e outras empresas como Samsung e Apple também tiveram sua produção drasticamente reduzida, em especial nas fábricas localizadas na China. Segundo o Digital Trends, a “crise está só começando”

Coronavírus afeta toda a China

No país asiático há uma região conhecida como Delta do Rio das Pérolas, e nela há diversos polos de produção de componentes eletrônicos, incluindo cidades como Shenzhen, Guangzhou e Dongguan. Já o conferencista Paul Tiffany, da Escola de Negócios Haas em Berkley, na Califórnia, explica que a China acabou se tornando uma zona de economia especial, oferecendo produtos e serviços por excelente preço e, por essa razão, se tornou o polo de fabricação mais atraente do mundo, dando um ganho de produção econômico massivo por décadas. O coronavírus não se originou em Delta do Rio das Pérolas, mas sim na cidade de Wuhan, que fica mais ao norte. Mesmo assim, a epidemia acabou se espalhando por todo o país e 50% das fábricas localizadas no Delta foram desativadas, enquanto as ativas tiveram uma redução drástica de produção. Tiffany afirma: “Agora estamos vendo o outro lado da moeda”.

Coronavírus é a epidemia mais grave para a indústria até então

Mesmo não sendo a primeira epidemia que atingiu o país asiático, considerando que no passado houve o SARS, Coates diz que agora o caso é mais grave. Coates também explica que mudar a produção de lugar também não é um tarefa tão simples, precisando de um período de um ano a um ano meio para que um novo centro de produção de componentes comece a trabalhar de modo efetivo. Além disso, mesmo que haja outros países da Ásia que produzam produtos eletrônicos, nenhum deles consegue fazer na mesma quantidade que a China. No entanto, Tiffany se demonstra otimista e diz que, por mais que o mercado seja atingido rapidamente com epidemias do gênero, ele também se recupera bastante rápido. Fonte: Digital Trends

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