Sabendo disso, a Netflix estuda novas maneiras de se adaptar ao comportamento dos consumidores e tenta prever o que pode ser importante para eles num futuro próximo. Depois de permitir que seus usuários baixem os conteúdos do seu catálogo e assistam offline, a empresa pensa, por exemplo, em adequar suas produções originais também para o modo retrato, como acontece no Snapchat. “Precisamos nos adaptar a todos os tipos de tela”, justificou Hastings. O executivo mostrou-se de fato de olho no futuro quando brincou sobre a possibilidade de ter robôs assinantes do streaming. Afinal, para ele, o convívio entre pessoas e máquinas não é tão impossível assim. “Daqui algum tempo, teremos que produzir conteúdo de entretenimento não só para humanos, mas para inteligências artificiais“, declarou ele.

Netflix vs. TV por assinatura

A Mobile World Congress também foi palco para questões polêmicas envolvendo a Netflix. Segundo Reed Hastings, mesmo oferecendo conteúdo por um preço muito mais acessível, o serviço de streaming não interferiu nos pacotes de TV por assinatura. Já sobre o embate com as operadoras de telefonia, que acusam o streaming de consumir uma quantidade grande de dados, garantiu que há um esforço de compactar seus conteúdos. “Nós estamos tentando ser mais eficientes ao oferecer conteúdo para os usuários”.

Evolução recente do streaming

Os últimos dados divulgados pela empresa mostravam que pouco mais de 90 milhões de pessoas usavam o streaming no mundo. Mas, de acordo com o cofundador da Netflix, em breve o serviço deve alcançar mais de 100 milhões de assinantes. Essa expectativa se deve ao crescimento do streaming em países da África e do Oriente Médio. “Nós estamos aprendendo muito com nossa experiência ao redor do mundo”, disse Hastings. Por enquanto, a Netflix opera em 190 países.

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