Como a mostra de DNA não é suficiente para recriar os dinossauros, os cientistas do Jurassic Park utilizam material genético de anfibos, aves e répteis para terminar a sequência e poder criar um ser vivo a partir disso. E, como você já deve saber, as mais diversas espécies de dinossauros são recriadas e colocadas em um parque para que nós, humanos, possamos ver de perto os gigantes que foram exterminados por um meteoro. Esse enredo de filme de ficção pode estar mais próximo da nossa realidade do que você imagina.
Os dinossauros poderão voltar?
O paleontólogo que inspirou o primeiro Jurassic Park – o Dr. Jack Horner – anunciou que existe, de fato, um projeto de pesquisa para trazer os dinossauros de volta a vida. E bem mais rápido do que se imagina: a engenharia genética está apenas 5 a 10 anos longe de chegar no ponto de recriar os gigantes pré-históricos. De acordo com um artigo da PEOPLE, Dr. Horner está trabalhando com cientistas das universidades mais conceituadas dos Estados Unidos, Harvard e Yale. O grupo de pesquisa está procurando por primos não tão distantes dos dinossauros para que possam reverter o processo utilizando a engenharia genética; ou seja, para que possam “andar para trás” na evolução dos animais e, assim, conseguir recriar os que originaram algumas das criaturas com as quais convivemos hoje. E que tipo de criaturas são essas? “É claro, pássaros são dinossauros“, explica Dr. Horner. “Então nós precisamos apenas dar um jeito neles para que os pássaros fiquem se parecendo um pouco mais com um dinossauro“.
Vai ser como em Jurassic Park?
Recriar um animal de milhares e milhares de anos atrás vai começar de um jeito não tão esperado: com uma galinha. As galinhas, na verdade, são descendentes diretos de criaturas enormes que um dia dominaram a terra. E, através delas, o grupo de cientistas liderado pelo Dr. Horner poderá recriar os dinossauros por causa do DNA das aves. Parece um pouco familiar? Isso porque o Dr. Horner foi consultado durante a filmagem do Jurassic Park (e dos outros longas da franquia) para que o filme parecesse possível de acontecer. Em uma cena de bastidor do primeiro filme, o autor do livro em que o longa é baseado, Michael Crichton, confessou que o herói Dr. Alan Grant, que salva todo mundo do desastre no parque, é uma mistura entre o Dr. Horner e o Philip J. Currie, um paleontólogo canadense responsável por fundar Royal Tyrrell Museum de Paleontologia em Drumheller. Dr. Horner disse que, quando ele começou a trabalhar como consultor para a verossimilhança dos filmes, ele acreditava que os dinossauros poderiam mesmo ser revividos do mesmo jeito que no filme: através da utilização de DNA que sobreviveu os anos, retirado de fósseis. No entanto, durante o tempo que passou desde a produção do primeiro Jurassic Park nos anos 90, Dr. Horner e seus colegas adquiriram um maior conhecimento e compreensão sobre como o DNA vai se degradando ao longo dos anos. Por isso, não será exatamente como no enredo do filme de ficção, porque o grupo de cientistas encontrou outro caminho.
A galinha na busca pelos dinossauros
De acordo com o Dr. Horner, a galinha e outras aves modernas que estão vivas hoje possuem o mesmo código genético de seus ancestrais pré-históricos dentro de seu DNA. O paleontólogo acredita que, através do DNA da galinha, eles poderão manipular o código genético para reverter o processo de evolução. Dessa maneira, eles forçarão as mutações que aproximaram as galinhas fisicamente dos seus ancestrais. Dr. Horner explica o processo que será revertido: “Dinossauros possuíam rabos longos, braços e mãos – e conforme eles foram evoluindo, eles perderam esse rabos, braços e mãos, transformando-os em asas. Adicionalmente, o focinho deles mudaram de um animal parecido com um velociraptor para uma morfologia de bico de pássaro.“ Com essas características de evolução devidamente registradas e com a pesquisa prestes a se intensificar, o Dr. Horner espera que seu trabalho vai determinar um jeito de descobrir como conseguir trazer esses traços pré-históricos de volta. Para embasar a possibilidade de isso realmente acontecer, o paleontólogo citou um estudo de 2015, no qual cientistas de Harvard e Yale conseguiram fazer com que a cabeça de uma ave fosse alterada geneticamente para se tornar um focinho de dinossauro. Mas, para entender melhor, o Dr. Horner explicou o que eles pretendem fazer para trazer os dinossauros de volta a vida: Na entrevista, o cientista se mostrou completamente confiante que a criatura que ele gentilmente apelidou de “chickensoraus” vai poder caminhar livremente pela terra em menos de 10 anos: “Nós podemos fazer uma ave com dentes e nós podemos mudar a boca toda do animal. E, na verdade, transformar as aves em patas não é tão difícil. Nós temos certeza que podemos fazer isso em breve.“ Mesmo com algumas partes do projeto sendo mais complicadas que outras, o Dr. Horner continua otimista: “o rabo é a maior parte do processo. Mas, por outro lado, nós conseguimos fazer algumas coisas recentemente que nós deram esperança de que recriar os dinossauros não levará tanto tempo assim.“ Fonte: Science Insanity.