Xeon

A apresentação de abertura da Intel na COMPUTEX 2021 realizada no último domingo, 30, já havia revelado a 3ª Geração de processadores Xeon, com foco total no composição de data centers poderosos. A conferência desta terça, 1º, contou com a apresentação de Nash Palaniswamy, Vice Presidente e Diretor Geral de IA, HTC e Data centers da Intel, que revelou mais informações sobre essas CPUs. Nash revela que os novos Xeon aumenta significativamente a produtividade dos fluxos de trabalho, pois a contagem de núcleos foi aumentada, assim como houve um boost nas instruções por clock e aplicações que tirem vantagem do Intel AVX-512, o mais recente conjunto de vetorização da empresa. O tamanho dos caches L1 e L2 também foi revisado. A 3ª geração Xeon oferece também compatibilidade com portas PCIe Gen4 para até 64 pistas, módulos I/O mais rápidos, maior largura de banda e mais canais de memória com suporte para a nova Intel Optane Persistent Memory 200 series, com até 6TB de armazenamento por soquete. A Intel enfatizou que a nova plataforma também terá suporte para até 3 configurações com workloads distintos graças à Speed Select Technology, que permite o usuário escolher diferentes núcleos e opções de frequências para ter mais controle sobre a performance. Os Xeon de 3ª Geração continuarão a manter a posição de única CPU de data centers a operar em x86 com aceleração integrada de Inteligência Artificial no planeta. O Intel DL Boost, juntamente com instruções VNNI, aceleram operações de deep learning para otimizar o acesso a bibliotecas e ferramentas. Pensando em segurança, os processadores entregam as tecnologias Intel Crypto Acceleration, Intel Memory Encryption e Intel Guard Extensions, que deve garantir um área de trabalho com mais confiabilidade e até 1TB disponível para espaços protegidos. Os novos Xeon chegam também com a missão de serem mais fáceis de serem implantados, em virtude de muitos anos de otimização, garantindo muitas opções de códigos open-source para a arquitetura. Nash também anunciou que graças ao OneAPI, será possível desenvolver através de diversas arquiteturas e realizar comparativos de performance contra a AMD. Nos benchmarks, um Xeon de 40 núcleos competiu contra um AMD EPYC Milan, de 64 cores, e entregou 25x mais de performance na detecção de objetos. Os demais testes contiveram cerca de 20 benchmarks de modelos de machine e deep learning. Os novos Xeon entregaram 1.5x a mais de performance no Geoman em comparação ao Milan. Em Monte Carlo, o Xeon 8380 teve 50% a mais de desempenho contra o Milan, 32% de vantagem em Relion e 27% em NAMD. Por fim, o executivo ressaltou que parte do sucesso da 3ª Geração Xeon não está integralmente na construção do chip, mas sim no desenvolvimento integrado de um vasto ecossistema de softwares que compõe essa linha.

IA se tornou a nossa vida

A conferência da Intel na COMPUTEX 2021 também enfatizou um importante aspecto da atualidade: a forma como a Inteligência Artificial está sendo cada vez mais implantada de forma orgânica no nosso uso cotidiano. Para exemplificar o assunto, o Zoom, uma das plataformas de videoconferências mais conhecida e utilizada nos últimos tempos, usufrui de uma série de tecnologias de Inteligência Artificial da Intel, como a redução de ruído de microfones, desfoque de fundos de imagens, troca de backgrounds, tradução de reuniões em tempo real, implantação de apresentações de Power Point. A Adobe também foi citada devido a incorporação desses recursos, haja visto que realizar a transferência de múltiplos arquivos para outros dispositivos, seja por conexões cabeadas ou via nuvem, exige uma grande parcela de dados e processamento. Essa problemática vem sendo solucionada pelo Adobe Sensei em plataformas Intel, que otimiza a performance em funções como importação, edição, e exportação no Premiere, After Effects e Photoshop. Essas funções só são possíveis graças a tecnologias de ponta, como o Intel OneAPI, Intel Deep Neural Network Library e aceleração de hardware.

“Arquitetura” xPU

A apresentação da Intel na COMPUTEX 2021 detalhou um pouco sobre as chamadas “Arquiteturas XPU“. Enquanto sabemos que uma CPU é a unidade central que realiza o processamento das coisas, uma XPU pode ser uma unidade de processamento para qualquer necessidade, daí o “x”. A Intel possui inúmeras linhas de xPUs, desde aquela que variam da utilização em dispositivos domésticos, como o Atom e os Intel Core, tanto aqueles para data centers, como o Xeon e Agilex. Já para a utilização de Inteligência Artificial muito avançada, a companhia recomenda o Habana, enquanto operações de baixa aceleração com deep learning, o Movidius é a melhor opção. O Habana representa uma nova divisão da Intel, sendo utilizada na criação do San Diego Supercomputer Center, para ajudar na criação do projeto Voyager, que promete gerar grandes inovações e descobertas para a ciência. E aí, o que achou do segundo dia de conferência da Intel na COMPUTEX 2021? Fique ligado aqui no Showmetech para uma cobertura completa da feira.

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