Com a chegada do recurso ao Brasil, o Apple Watch se torna o primeiro produto do tipo, cujo objetivo principal não é o uso médico, capaz de efetuar um eletrocardiograma a partir do pulso do usuário, e fazer registros do ritmo cardíaco no momento que surgirem sintomas que podem indicar alguma doença, como um batimento cardíaco descompassado ou acelerado demais para o tipo de atividade que o usuário está realizando. Além de fazer o registro de dados que podem ajudar em um diagnóstico médico, o recurso de notificação de ritmo cardíaco irregular também faz o monitoramento da frequência cardíaca do usuário em segundo plano, e pode enviar notificações caso encontre indícios de fibrilação atrial (AFib).  Este é um tipo muito comum de problema cardíaco, e ocorre quando as câmaras superiores do coração estão em um ritmo diferente das câmaras inferiores, o que provoca uma má circulação sanguínea e pode ser responsável por problemas como palpitações, falta de ar e fadiga. Apesar de ser muito comum, como muitas vezes ela não apresenta sintomas claros, muitas pessoas convivem com este problema durante toda a vida sem tratá-lo, o que pode causar problemas graves no futuro, como derrames (que é a segunda causa de morte mais comum em todo o mundo). De acordo com o Dr. Sumbul Desai, vice-presidente da divisão de saúde da Apple, com os novos recursos os consumidores poderão ter um maior entendimento sobre a própria saúde cardíaca, e a empresa acredita que essas informações deverão ajudar bastante na hora de procurar um profissional de saúde. Já Jeff Williams, diretor de operações da empresa, lembra que o recurso já ajudou diversas pessoas ao redor do mundo.

O que são o app ECG e a notificação de ritmo cardíaco irregular

Exclusivo para todos os modelos a partir do Apple Watch Series 4, o aplicativo ECG utiliza sensores e eletrodos do aparelho para um eletrocardiograma de derivação única (ou seja, apesar de ajudar os usuários a identificar possíveis problemas cardíacos, ele não é a mesma coisa e não substitui os eletrocardiogramas que são feitos em clínicas utilizando equipamentos especializados). Para fazer um eletrocardiograma a partir do Apple Watch, os usuários devem abrir o aplicativo ECG e então manter o dedo indicador sobre a Digital Crown (aquele botão de navegação que fica na parte lateral do relógio). O aparelho então irá medir os impulsos elétricos enviados pelas batidas cardíacas, e depois de 30 segundos irá classificar o resultado como fibrilação atrial, ritmo sinusal, frequência cardíaca alta ou baixa ou inconclusivo. Todos os resultados ficam armazenados dentro do app Saúde, e podem ser exportados em formato PDF para serem compartilhados com um médico de confiança. Já a notificação de ritmo cardíaco irregular está disponível para todos os modelos a partir do Apple Watch Series 1, e mede os batimentos cardíacos do usuário em segundo plano, procurando por sinais irregulares que possam indicar a presença de fibrilação atrial. Caso esse monitoramento detecte um ritmo cardíaco irregular em cinco medições num período menor do que 65 minutos, o usuário receberá uma notificação sobre a possível presença de AFib, e sugerindo que ele procure um cardiologista. Antes de serem usados, ambos os recursos deverão ser ativados pelo usuário, que durante o processo de configuração será explicado sobre as capacidades de cada uma dessas funções, sobre como esses resultados devem ser interpretados, e o que eles devem fazer caso o aparelho indique a presença de sintomas que devem ser tratados de maneira imediata. Fonte: Apple

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