Muitas vezes para atender os prazos e a pressão dos clientes, as equipes de desenvolvimento precisam decidir entre duas opções: lançar o código, mesmo com uma qualidade inferior, ou atrasar o lançamento para corrigir falhas ou aperfeiçoar a codificação. O que normalmente acontece é que as empresas escolhem a primeira opção.  Existem quatro tipos de débito técnico:

Imprudente intencional: a equipe conhece as falhas existentes no código, mas optam por lançar o software sem solucionar os problemas existentes. Imprudente não intencional: quando os times decidem utilizar linguagens de programação novas que acabam resultando em falhas futuras. Consciente intencional: os desenvolvedores optam por entregar o código finalizado dentro do prazo, mesmo com problemas. Mas estão comprometidos em corrigir as falhas posteriormente. Consciente não intencional: a equipe finaliza o projeto e entrega o código, mas só percebe os erros depois. 

Qual o custo do débito técnico para os negócios e como evitá-lo?

A pesquisa The Growing Threat of Technical Debt realizada pela empresa de softwares OutSystems em parceria com a Lucid, constatou que para 69% dos líderes de TI entrevistados o débito técnico é visto como uma ameaça para a inovação nas empresas. O estudo online foi aplicado em maio deste ano e contou com a participação de 500 líderes de TI de diferentes segmentos de negócios localizados em 11 países incluindo, Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Emirados Árabes, entre outros.  Outro dado relevante do estudo é o orçamento gasto para mitigar os problemas causados pelo débito técnico. Segundo o relatório, empresas de porte maior gastam em média 41% do seu orçamento de TI com o débito técnico, já os pequenos negócios gastam 27%. A OutSystems  estima que as companhias gastam cerca de US$ 6 mil por segundo para reescrever códigos que foram desenvolvidos para atender apenas as necessidades a curto prazo. “São mais de US$ 500 milhões por dia que poderiam ser gastos em inovação”, aponta o relatório. Em uma década, a dívida técnica poderá custar as companhias até US$5 trilhões. Infelizmente, o débito técnico acontece em todas as equipes de desenvolvimento, desde as mais experientes até as mais novas, porém é possível reduzir o problema. Uma das soluções para mitigar o problema é investir em plataformas como a OutSystems que oferece um ambiente de desenvolvimento baseado em Inteligência Artificial (IA), capaz de agilizar a construção de códigos e, ao mesmo, oferecer ferramentas para auxiliar em eventuais mudanças futuras. Ou seja, se surgirem novas tecnologias o código poderá ser reescrito e não será “quebrado, quando o desenvolvedor fizer uma nova alteração”.  Outra solução é investir em testes automatizados e feedbacks dos clientes ao longo do processo. Também é possível usar plataformas de inspeção e revisão contínua como o SonarQube que ficam conectados diretamente ao banco de dados do projeto. Ou apostar em softwares externos capazes de analisar a qualidade do código fonte em tempo real. É importante checar ainda a complexidade ciclomática, ou seja, os caminhos de execução que o código fonte pode tomar. E reduzir a incidência de bugs, vulnerabilidades, comentários e códigos duplicados. Além dessas soluções, existem outras possibilidades para reduzir o débito técnico. Portanto, cabe às empresas definirem quais são as melhores opções para reduzir os gastos com a dívida técnica, afinal, o dinheiro gasto poderá ser usados na transformação digital e inovação do negócio.

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Fonte: Product Plan; Outsystems

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