Enquanto diversos países estão implantando a nova rede para atender as novas demandas, o Fórum Econômico Mundial, que mede questões como infraestrutura e ambiente legislativo para novas tecnologias, informou, por meio de uma pesquisa, que o Brasil está em 72º lugar, atrás de China, Chile e África do Sul quando o assunto é a nova rede.

O atraso da tecnologia

Para exemplificar como há morosidade no processo de implantação da nova geração de rede no Brasil, os leilões das faixas que serão usadas para a tecnologia 5G devem ficar para o segundo semestre de 2019, de acordo com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros. “Há ainda uma série de ações a serem elaboradas, uma série de consultas públicas, com relação principalmente às frequências que seriam destinadas para isso”, afirmou Juarez, após participar da 20ª edição da Futurecom, feira de telecomunicações que reúne empresários e representantes do governo.

O 5G e as operadoras no Brasil

A Anatel estuda disponibilizar outras frequências além das faixas de 2,3 GHz e de 3,5 GHz para a futura tecnologia quinta geração. Enquanto isso, empresas como Nextel e Ericsson já fecharam uma parceria para implantação do Virtual Evolved Packet Core (vEPC) no Brasil. A solução de virtualização contribuirá para a expansão da capacidade de processamento de dados móveis da rede 4G da Nextel, e já deixará a operadora apta para a chegada do 5G no Brasil. Com a implementação, a empresa deixa de investir em equipamentos físicos e passa a contar com uma infraestrutura de data center com virtualização e evolução para cloud. “A Nextel, e o mercado em que atuamos como um todo, segue uma tendência de virtualização”, afirma Estevam Araújo, CTO da companhia. “Esse cenário exige evolução constante, e a Ericsson trabalhou como nossa parceira, mobilizando recursos e usando da sua experiência para executar esse processo de transformação da nossa rede”, completa Araújo.

A disputa entre as empresas

Com mais de 140 projetos semelhantes em todo o mundo, a Ericsson iniciou a mesma implementação em setembro deste ano, e deve concluí-la em três meses. “Facilmente escalável, esta solução ajudará a Nextel a crescer de forma mais ágil e econômica. Se comparada a um projeto de expansão tradicional, que se apoia mais em hardware, esta implementação trará uma economia de energia de cerca de 30% e uma utilização eficiente das aplicações de software superior a 90%”, afirma Murilo Barbosa, VP Comercial da Ericsson, sobre a concorrência. A Ericsson também está trabalhando com a América Móvil (dona das marcas Claro, NET e Embratel no Brasil), além de manter parcerias com universidades brasileiras com o objetivo de desenvolver o 5G. Durante a última edição da Futurecom, em SP, a Claro já demonstrou como nova rede no país será implantada. Porém, a Vivo afirma ter sido a primeira operadora brasileira a atingir velocidades de rede de mais de 530 Mbps usando sua própria infraestrutura na região metropolitana de São Paulo. A empresa diz que isso é um passo importante em direção à implantação da nova rede, e que os usuários devem poder aproveitar a experiência assim que os primeiros celulares com essa tecnologia chegarem ao país. A Ericsson e a Vivo também anunciaram em outubro a realização de testes de campo com a tecnologia Massive MIMO, ativada na rede 4,5G/LTE-A, atualmente implementada pela operadora em São Paulo. De acordo com Atila Branco, diretor de Planejamento e redes da Vivo, o tráfego de dados está em ascensão e aumentará exponencialmente com o avanço dos serviços de vídeo 4K, Realidade Virtual e Realidade Aumentada. “Estamos preparando e testando novas tecnologias para garantir que nossas redes tenham a capacidade e velocidade que oferecerão aos nossos clientes a melhor experiência em dados móveis no Brasil”, destacou. Quem você acredita que sairá na frente nesta corrida? Deixe o seu comentário.

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